A produção brasileira de soja na safra 2025/2026 deve atingir 178,76 milhões de toneladas, representando um crescimento de 4% em relação à safra 2024/2025, de 171,7 milhões de toneladas, segundo a consultoria Safras & Mercado. A área cultivada está estimada em 48,31 milhões de hectares, com produtividade projetada em 3.719 kg/ha. A consultoria havia inicialmente previsto 180 milhões de toneladas, mas as chuvas irregulares e o tempo mais seco no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) reduziram ligeiramente o potencial em algumas regiões.
No Tocantins, a produtividade caiu de 3.800 kg/ha para 3.660 kg/ha, equivalente a 61 sacas por hectare, totalizando cerca de 5,7 milhões de toneladas. Outros estados do Norte, como Maranhão e Bahia, também tiveram redução de produtividade. No Paraná, as adversidades climáticas, incluindo geadas e tornados, afetaram algumas áreas, resultando em uma produção estimada de 21,7 milhões de toneladas, ainda abaixo do potencial inicial, mas acima da safra anterior.
De forma geral, a safra brasileira de soja em 2026 deve ser recorde, com produção robusta em torno de 178,7 milhões de toneladas. As exportações estão projetadas em 109 milhões de toneladas, um aumento de 2% em relação a 2025, enquanto o esmagamento deve alcançar 59,5 milhões de toneladas, comparado a 58,5 milhões em 2025. O quadro de oferta e demanda indica um cenário positivo para o setor, mesmo diante dos ajustes climáticos pontuais.
Preço baixo do leite no Paraná preocupa
Dia 03/10/2025
A cadeia produtiva do leite no Paraná vive um de seus momentos mais críticos. Mesmo durante o inverno, quando historicamente o preço do leite tem um aumento no valor pago ao produtor, os produtores rurais relatam prejuízos, endividamento e desespero diante da queda no preço pago, enquanto os custos de produção continuam subindo.
A importação de leite em pó, especialmente de países do Mercosul, é apontada como a principal causa da crise, afetando diretamente a renda das famílias que vivem da atividade. “O momento é parecido com o vivido em 2023, quando o produto no supermercado tinha o preço alto e o valor pago ao produtor era baixo, comprometendo a atividade, principalmente nas pequenas propriedades”, afirma o deputado Wilmar Reichembach (PSD), que é coordenador da Frente Parlamentar do Leite na Assembleia Legislativa do Paraná.
Preocupada com a situação que envolve a cadeia produtiva mais importante para os pequenos agricultores do Paraná, a Alep promoveu recentemente uma audiência pública, para propor soluções que impeçam a concorrência desleal e aponte caminhos para uma melhora no setor. O encontro reuniu dezenas de produtores rurais, além de deputados, prefeitos e vereadores de diversas regiões do Paraná. “Estamos fazendo a nossa parte, mas é urgente que o Governo Federal se sensibilize, que adote medidas efetivas em favor de todos os produtores do país”, completa Reichembach.
Mais ações
Outra audiência pública está marcada para o dia 21 de outubro, também na Alep, com a participação de representantes do governo, lideranças e produtores, para aprofundar o debate e construir soluções concretas para o setor. Enquanto isso, tramita um projeto que impede que o leite em pó importado seja transformado em leite líquido no Paraná, além de propostas que ampliem a compra do leite para abastecer creches, escolas e hospitais.
Mesmo prejudicado pelas importações, o Paraná produziu cerca de 4,6 bilhões de litros de leite no ano passado, consolidando-se como o segundo maior produtor do país.
Paraná perde e COAMO irá contruir porto em SC
Dia 03/09/2025
A Coamo, maior cooperativa agrícola do Brasil, vai construir seu próprio porto em Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina, com um investimento de R$ 3 bilhões. O anúncio foi feito em uma reunião com o governador Jorginho Mello (PL), na segunda-feira (25). A cooperativa recebeu contrapartidas do governo catarinense para o empreendimento, como a melhoria das rodovias de acesso, licenças ambientais e incentivos fiscais.
A intenção é que o novo terminal entre em operação em 2030 e movimente 11 milhões de toneladas por ano. "Esse é um sonho dos nossos produtores. Já temos dois terminais em Paranaguá, por onde escoamos quase 5 milhões de toneladas por ano. Somos o maior exportador e a maior empresa do Paraná. Sentimos a necessidade dessa expansão porque há negócios que realmente não conseguimos fazer", comentou o presidente da cooperativa, Airton Galinari.
Segundo o executivo, a empresa vinha sofrendo com frequentes filas no porto de Paranaguá (PR) para escoar a produção de grãos, como soja, milho e trigo. Ele revelou ainda que o ambiente de negócios de Santa Catarina foi fundamental para a instalação da estrutura, que ocupará 43 hectares, com três berços de atracação e terminais para granéis agrícolas, fertilizantes, combustíveis líquidos e gás liquefeito de petróleo (GLP).
"Este é um projeto diferente, em que estamos trabalhando há quase 10 anos. As obras de duplicação das rodovias SC-416 e SC-417, que estão em andamento em Santa Catarina, proporcionarão a malha de atendimento fundamental para que possamos ter esse escoamento, já que este terminal pode movimentar até mil caminhões por dia", explicou o executivo da Coamo, que representa 32 mil cooperados e teve um faturamento de R$ 28,8 bilhões em 2024.
Novo terminal será o oitavo porto em SC
Durante o encontro ocorrido em Florianópolis, a presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina, Sheila Maria Martins Orben Meirelles, afirmou que a licença ambiental prévia deve sair ainda este ano. De acordo com o cronograma, as obras teriam início em 2027 e a operação do novo terminal seria a partir de 2030.
A estimativa é que 2 mil empregos sejam gerados durante a construção e mais 1 mil para quando o porto estiver ativo. "Eu não tenho dúvida que será um passo gigantesco para Santa Catarina. Nós vamos para o oitavo porto. Veja bem o tamanho que nós somos e a quantidade de portos. Nós somos o campeão do Brasil. Isso para Santa Catarina é música. É por isso que eu digo que vale a pena a gente trabalhar muito e sério, que os resultados acontecem", comemorou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello.
Também presente na reunião que sacramentou o empreendimento, o secretário estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, comemorou a chegada de mais um terminal no estado. "Santa Catarina colocou à disposição da Coamo a nossa secretaria, a de Infraestrutura, do Meio Ambiente e da Fazenda. Todos estavam lá para garantir que a Coamo, junto ao seu corpo técnico, vai ter o respaldo para construção desse que é o oitavo porto catarinense".
O governo catarinense considera o porto da Coamo como oitavo tendo o sétimo em fase chamada de pré-teste, que é o Terminal Graneleiro de Santa Catarina (TGSC), instalado no Morro Bela Vista, em São Francisco do Sul. Além dos dois, Santa Catarina possui terminais consolidados em:
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