Educação
APP realiza audiência pública

Dia 11/06/2025
Durante a manhã de segunda-feira (9), dirigentes da APP-Sindicato, especialistas em educação, movimentos sociais, educadores(as), estudantes e parlamentares participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com o tema “Adoecimento de Servidores e Educadores da Rede Pública do Paraná”. O secretário da Educação, Roni Miranda, foi convidado a participar, mas não compareceu nem enviou representante.
A reunião foi proposta pelo deputado estadual Goura (PDT) e acontece em meio ao diagnóstico de uma grave crise das condições de saúde dos(as) profissionais da educação. Nos últimos dias, duas professoras morreram dentro de duas escolas da rede estadual em Curitiba, durante o expediente. Dados da Secretária de Administração e Previdência divulgados por parlamentares revelam que em 2024, por dia, mais de 27 trabalhadores(as) da educação foram afastados(as) para tratamento relacionado com a saúde mental.
No foco central do debate, a cobrança de metas baseadas no uso de plataformas, além da terceirização e da privatização nas escolas, processos que têm gerado situações graves que colocam em risco a vida de professores(as) e funcionários(as) de escola da rede estadual. Os participantes debateram ações concretas para combater a precarização da carreira docente e as doenças decorrentes das medidas arbitrárias e autoritárias impostas pela gestão do governo Ratinho Júnior.
A APP-Sindicato participou ativamente do debate junto a profissionais da educação, pesquisadores(as) e representantes de órgãos públicos, ressaltando os impactos negativos das políticas implementadas pelo governador Ratinho Jr. e pelo secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, na carreira docente e as dificuldades enfrentadas diariamente pelos(as) educadores(as) nas escolas.
A presidenta da APP-Sindicato, professora Walkiria Mazeto, destacou que o adoecimento da categoria não é por acaso e é intencional e organizado. “A APP denuncia e enfrenta esse modelo educacional que virou mercadoria na fantástica fábrica do Ratinho Jr. com a reforma empresarial da Seed aliando meritocracia ao desempenho. Temos que ter respeito ao nosso adoecimento e sem punições quando nos afastamos por motivos de saúde”, reforçou.
A vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e secretária de Assuntos Jurídicos da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, apresentou dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre afastamento no trabalho por adoecimento que assola não só o Paraná mas todo o país.
“Vivemos um período de intensificação do trabalho, do cumprimento de metas e do assédio moral e institucional que vem assolando a nossa categoria no país”, frisou a professora Marlei destacando o modelo atual que acelera o trabalho e obriga o(a) trabalhador(a) a funcionar em ritmo de máquina e leva à exaustão.
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