Saúde
China enfrenta novo surto de vírus perigoso

Dia 08/01/2025
Cinco anos após a pandemia de Covid-19, a China volta a enfrentar um novo surto de vírus. Trata-se do metapneumovírus humano (hMPV), considerado tão contagioso quanto o coronavírus e com sintomas semelhantes ao da doença. A população local recorre às redes sociais para alertar sobre a nova epidemia, que está sobrecarregando hospitais e crematórios no país.
Usuários postaram vídeos mostrando hospitais superlotados, alegando uma mistura de “vírus múltiplos” que se espalha rapidamente.
Embora relatos não confirmados afirmem que a China declarou estado de emergência, pode-se verificar que as autoridades de saúde estão monitorando vigilantemente a situação à medida que o vírus se espalha.
Ainda não há vacina ou medicamentos antivirais para combater esse agente patogênico, mas há medidas que podem ser adotadas para evitar a proliferação e contaminação da doença. Veja detalhes abaixo sobre o hMPV, como sintomas e quais os riscos à saúde.
O que é o metapneumovírus humano? – A doença em questão é o metapneumovírus humano (hMPV), um vírus respiratório que causa doenças respiratórias superiores (rinite e sinusite, por exemplo, entre outros) e inferiores (pneumonia, bronquite, etc.).
Doença sazonal – É uma doença sazonal que geralmente ocorre no inverno e início da primavera, semelhante ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à gripe.
Um vírus potencialmente assassino – Assim como o VSR, o metapneumovírus humano (hMPV) pertence à família Pneumoviridae, o que o torna um vírus potencialmente mortal.
Quem está mais em risco? – Qualquer pessoa pode ser infectada com hMPV, porém ele é mais comum em crianças, adultos mais velhos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Crianças e hMPV – A maioria das crianças que se infectam com hMPV tem cinco anos ou menos. Destes, um pequeno número (5-16%) de infectados desenvolverá uma infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia.
Idosos e hMPV – Idosos infectados com metapneumovírus humano também estão propensos a desenvolver pneumonia ou outros distúrbios respiratórios, como bronquiolite ou bronquite, de acordo com a American Lung Association.
Sistema imunológico enfraquecido – Outros que estão em risco de contrair hMPV são aqueles com sistema imunológico enfraquecido, talvez como resultado de quimioterapia ou em recuperação de um transplante de órgão. Além disso, qualquer pessoa com uma doença pulmonar subjacente sempre estará suscetível ao hMPV.
Sinais e sintomas – Os sintomas comuns do metapneumovírus humano incluem tosse, dor de garganta, febre, congestão nasal e falta de ar – os mesmos sinais da gripe ou de Covid-19. E aí está o dilema. O patógeno hMPV é frequentemente ignorado devido à sua semelhança com esses distúrbios respiratórios mais familiares.
Uma condição médica pouco conhecida – O metapneumovírus humano foi descoberto em 2001, mas, embora o uso de testes de diagnóstico molecular tenha aumentado a identificação e a conscientização sobre o hMPV, a doença em sua maior parte permaneceu desconhecida do público.
Surpreendentemente comum – No entanto, estudos nos últimos quatro anos mostraram que o hMPV era tão comum quanto o vírus sincicial respiratório (VSR) e quanto a gripe em pacientes internados no hospital, de acordo com o jornal britânico Mirror.
Os mais jovens em perigo – Além disso, o hMPV foi a segunda causa mais comum de infecções respiratórias em crianças, atrás do VSR nos últimos 25 anos.
Casos de hMPV estão em crescimento – Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos registraram recentemente um pico de casos de hMPV no país, embora poucos cidadãos pareçam estar cientes da natureza exata do vírus.
Não estamos cientes do perigo – Mas o que é mais preocupante é que a maioria das pessoas parece ignorar o quanto este vírus é potencialmente perigoso e, até mesmo, fatal.
Testes para o vírus – Mas o CDC também relatou uma disposição do público em geral para aprender mais sobre o hMPV e seu efeito sobre a saúde.
Transmissão – A transmissão do hMPV, provavelmente, acontece de uma pessoa infectada para outras através de secreções de tosse e espirros.
Contato próximo – O metapneumovírus humano também pode ser transmitido através do contato pessoal próximo com pessoas infectadas, como tocar ou apertar as mãos.
Disseminação de secreções – A propagação do vírus também é promovida pelo contato com objetos e superfícies contaminadas por secreções dos contaminados, que com frequência tocam a boca, o nariz ou os olhos.
Período de circulação – O metapneumovírus humano circula em ciclos anuais distintos, iniciando-se no inverno e prolongando-se até a primavera. De forma confusa, o VSR e a influenza podem circular simultaneamente durante a temporada dos vírus respiratórios.
Quando ir ao médico – Sintomas leves do hMPV podem ser tratados com medicamentos de venda livre para controlar a dor, a febre e a congestão. A recuperação geralmente leva cerca de 10 dias.
Sintomas mais severos – No entanto, pacientes com sintomas mais graves, como chiado no peito ou falta de ar, devem marcar uma consulta com o médico. Inalador temporário e esteroides podem ser prescritos.
O tratamento é apenas uma ajuda – De acordo com o CDC, atualmente não há terapia antiviral específica para tratar o hMPV e nenhuma vacina para prevenir a doença. Os cuidados médicos são puramente de apoio.
Prevenção – Os métodos de prevenção da propagação do hMPV são conhecidos de todos nós, já que os procedimentos seguem de perto os que fizemos durante o confinamento de COVID-19. Em primeiro lugar, evite tocar em pessoas infectadas e lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
Não toque! – Independentemente de estar com os sinais do vírus ou não, evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
Mantenha distância – É importante evitar contato próximo com pessoas que estejam doentes ou que apresentem sinais de terem contraído o hMPV.
Limpe superfícies contaminadas – Adquira o hábito de limpar possíveis superfícies contaminadas, coisas como tampos de mesa e maçanetas. Isso pode ajudar a evitar a propagação do vírus.
Associação com pneumonia – Esteja ciente de que o hMPV está associado a um risco aumentado de desenvolver pneumonia bacteriana. Esta condição é tipicamente tratada com antibióticos.
Tome precauções – Pessoas com doenças pulmonares crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e fibrose pulmonar, devem sempre tomar precauções para se proteger do hMPV, da gripe e de outras doenças contagiosas.
Um vírus relativamente novo – O fato do hMPV ser um vírus respiratório reconhecido só recentemente significa que os profissionais de saúde podem não considerar ou testar rotineiramente a doença.
Maior conscientização – “[Porém] há uma atenção muito maior para identificar a causa (das infecções) do que já tivemos antes”, garante o Dr. Rick Malley, especialista em doenças infecciosas do Hospital Infantil de Boston, durante uma entrevista ao USA Today.
Fontes: (CNN) (American Lung Association) (Mirror) (CDC) (USA Today) (Stars Insider) via TN Online
Campanha de vacinação contra a polio tem início

Dia 28/08/2024
Teve início no dia 27 de maio, para todas as crianças menores de 5 anos devem comparecer aos postos de saúde para ser imunizadas contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% de um total de 13 milhões de crianças na faixa etária definida.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite vai até 14 de junho. A expectativa é reduzir o número de crianças não imunizadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil. Em nota, a pasta destacou que a vacinação é a única forma de prevenção contra a doença.
O ministério reforça que a campanha deste ano, em particular, é importante para o enfrentamento à pólio, já que o Brasil está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP), no formato injetável.
Com a mudança, o esquema vacinal e a dose de reforço contra a doença, a partir do segundo semestre deste ano, serão feitos exclusivamente com a VIP. “Todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração”, destacou a pasta.
Casos
O Brasil não registra casos de pólio desde 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No ano passado, entretanto, o Brasil foi classificado pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas como território de alto risco para reintrodução do poliovírus.
“Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo”, detalhou o ministério.
O ministério recomenda que estados e municípios realizem, no dia 8 de junho, um sábado, o chamado Dia D da campanha contra a pólio, no intuito de ampliar a divulgação e a mobilização em todo o país. “Estados e municípios têm autonomia para definir a realização em outras datas, de acordo com as especificidades locais.”
Dados da pasta mostram que, em 2022, 77% das crianças com menos de 1 ano receberam a dose da VIP. Em 2023, o número aumentou para 84,63%, conforme dados preliminares. Neste ano, o índice de doses da VIP aplicadas, neste momento, está em 85,42%.
No ano passado, os três estados com os melhores índices de vacinação foram Ceará, com 93%; Piauí, com 92%; e Santa Catarina, com 90%.
A doença
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poliomielite afeta principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, sendo que uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
Os casos da doença diminuíram mais de 99% ao longo dos últimos anos, passando de 350 mil casos estimados em 1988 para seis casos reportados em 2021.
“Enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite. Se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil novos casos no mundo, a cada ano, dentro do período de uma década”, estima a OMS.
Emergência global
Após a alteração do status da covid-19 e da mpox ou varíola dos macacos, a poliomielite figura atualmente como a única emergência em saúde pública de importância internacional mantida pela OMS.
O mesmo comitê que declarou o fim da emergência para a covid-19 e para a mpox decidiu, em maio do ano passado, por unanimidade, manter o mais alto status de emergência sanitária concedido pela entidade para a pólio.
“O comitê unanimemente concordou que o risco de disseminação internacional do poliovírus permanece como emergência em saúde pública de importância internacional e orientou para a extensão das recomendações temporárias por mais três meses”, destacou relatório da OMS.
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